Dor no ombro: sintomas, causas e tratamentos.

Escovar os dentes, tomar banho, pentear os cabelos, vestir-se, trabalhar… Você só é capaz de praticar todas essas ações cotidianas graças à articulação mais flexível do corpo humano, a dos ombros. E quando a dor se instala nessa região, ela acaba atrapalhando o seu dia de várias maneiras e o que mais se deseja é uma solução rápida e eficaz.

Como o ombro é a articulação que tem maior mobilidade do corpo humano, acaba sendo mais suscetível a lesões, que ocorrem devido principalmente a sua movimentação excessiva ou ainda por doenças degenerativas, inflamatórias ou traumáticas. Entre as causas não-traumáticas, a bursite e a tendinite do ombro estão entre as mais frequentes. 

Esse tipo de dor pode limitar a funcionalidade e a qualidade de vida. Neste artigo, exploramos as causas mais comuns da dor no ombro, seus sintomas e as opções de tratamento disponíveis.

 

Quais são os sintomas da dor no ombro?

De modo geral, o principal sinal de dor no ombro é o incômodo no local. Como a articulação do ombro compreende várias estruturas anatômicas, e, dessa forma, cada uma pode provocar uma dor, a dor do ombro tende a ser uma dor difusa, onde o paciente acaba tendo uma maior dificuldade de apontar exatamente o ponto doloroso. O paciente pode ter uma dor que não cessa ou uma dor que tem alívio temporário em alguns momentos do dia. 

Quando a dor é grave, ela inclusive pode irradiar para outras áreas do corpo, como braço e cotovelo e certas áreas do pescoço. Outros sintomas ainda incluem fraqueza, movimento limitado do braço e da mão, além de dificuldades em fazer atividades rotineiras como vestir-se, atividades domésticas e além de interrupção do sono. 

A intensidade costuma variar, mas por ser parte de uma região corporal muito movimentada no dia a dia, a dor no ombro pode trazer uma série de limitações às atividades desenvolvidas pelo paciente, mesmo as mais básicas como pentear o cabelo e vestir-se. Sintomas mais comuns:

  • Dor ao levantar o braço.
  • Sensação de rigidez ou limitação de movimento.
  • Inchaço e calor na área afetada.
  • Piora da dor durante a noite.
  • Dificuldade em realizar atividades diárias, como pentear o cabelo ou vestir-se.

 

Além disso, muitos pacientes podem apresentar lesões degenerativas dos tendões, ou até mesmo artrose, porém sem apresentar nenhuma dor ou sintomas.

 

Como é feito o diagnóstico da dor no ombro?

É essencial a coleta de uma história clínica detalhada e exame clínico minucioso para avaliar todas as estruturas associadas ao ombro e as características da dor, como a intensidade, localização, se é estimulada por algum movimento específico, sua frequência, e se possui características inflamatórias ou mecânicas.

Além da avaliação clínica, podem ser solicitados ainda exames de imagem, como raio-x, ultrassonografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, que ajudam a identificar a causa e a extensão de possíveis lesões ou doenças associadas. 

 

Principais Causas de Dor no Ombro

Lesões por Uso Excessivo: A prática repetitiva de certos movimentos, como lançar uma bola ou levantar objetos pesados, pode levar a lesões nos tendões e músculos do ombro, resultando em dor crônica. Esportes, em especial aqueles que envolvem movimentos de lançamento, como beisebol, tênis, natação, etc. Atividades de trabalho em que é preciso levantar o ombro

Lesões Agudas: Quedas, colisões e acidentes podem causar lesões agudas no ombro, como fraturas, luxações e estiramentos musculares.

Bursite: A inflamação da bursa, uma bolsa cheia de líquido que atua como amortecedor entre os ossos, tendões e músculos, pode causar dor intensa no ombro. Bursite 

Provocado pela inflamação da chamada bursa, que são pequenos sacos cheios de líquido localizados nas articulações, atuando como uma espécie de “almofada” que protege os tendões e os músculos dos ossos dos ombros a cada movimento. O uso excessivo do ombro leva a inflamação e o inchaço dessa bursa. A bursite é mais comum em pessoas que fazem atividades repetitivas com o braço, como atividades manuais como pintar ou esportivas, como nadar ou treinar braços na academia, por exemplo. Os sintomas costumam aparecer com uma dor aguda na parte superior ou frontal do ombro, piorando o movimento da articulação com a realização de atividades rotineiras como pentear o cabelo ou vestir-se, por exemplo. O tratamento da bursite inclui, basicamente, o uso de anti-inflamatórios, repouso dos braços, além de fisioterapia. 

 

Tendinite / Ruptura de Tendões / Tendinopatias: A inflamação dos tendões pode ocorrer devido a lesões ou ao envelhecimento natural, resultando em dor ao mover o braço. É uma das causas mais comuns da dor no ombro. O uso repetitivo da articulação, seja no trabalho ou no esporte, é uma das principais causas. Os tendões que mais causam inflamações são os tendões do manguito rotador (supraespinal, infraespinal, subescapular e redondo menor) e o tendão da cabeça longa do bíceps. Ex.: Tendinite Calcificante, Tendinite do Tendão, Tendinite do Bíceps, Síndrome do Impacto, Síndrome do Manguito Rotador

 

Lesão do Manguito Rotador: Existem diferentes graus de lesões dos tendões do manguito rotador, assim como diferentes padrões de dor e função do ombro. A maioria dos pacientes apresenta dor semelhante à da tendinopatia – dor relacionada a movimentação e noturna ao repouso. Mas as roturas podem estar acompanhadas de maior perda de força, maior tempo de dor, crepitações e podem ser de maior intensidade. Todavia não há regra, isto porque alguns pacientes podem apresentar lesões assintomáticas, sem estar acompanhada de dor.

Artrose do ombro: O tipo mais comum de artrose no ombro é a osteoartrose, que é também conhecida como artrose de “desgaste”. Os sintomas geralmente se caracterizam como dor e inchaço no ombro, sensação de “areia” na articulação do ombro e estalos durante os movimentos. Pode estar relacionada a lesões esportivas, de trabalho ou ainda por desgaste crônico. 

Capsulite Adesiva (Ombro Congelado): Uma condição na qual a cápsula que envolve a articulação do ombro enrijece e limita o movimento, causando dor e restrição de movimento. Também conhecida por “ombro congelado”, é uma inflamação crônica que dificulta muito o movimento da articulação. A capsulite adesiva é uma condição muito comum em pessoas com diabetes e em mulheres com mais de 40 anos, que já tiveram o braço imobilizado por um longo período. Os sintomas geralmente se caracterizam por uma intensa dificuldade para movimentar o braço, que vai aumentando gradualmente. 

Outros: Dor irradiada da coluna cervical, dor miofascial dos grupos musculares do pescoço e das costas, dentre outros.

 

Como é feito o tratamento da dor no ombro?

O tratamento da dor no ombro depende de suas causas. O paciente pode fazer o uso de medicamentos, por exemplo, e melhorar sem que seja necessário um trabalho mais atento.

Alguns casos, por sua vez, requerem que o paciente fique imobilizado por um determinado período de tempo ou que ele faça sessões de fisioterapia. É relativamente comum, também, a realização de infiltrações no ombro, por meio da aplicação direta de medicamentos que ajudam na recuperação do paciente, podendo essas medicações serem anti inflamatórias ou regenerativas, dependendo da causa.

Outros casos podem requerer cirurgia no ombro, como a artroscopia, ou mesmo a colocação de próteses na articulação do ombro. 

Principais Tratamentos:

Repouso e Gelo: Descansar o ombro afetado e aplicar gelo pode ajudar a reduzir a inflamação e aliviar a dor.

Fisioterapia: Exercícios específicos para fortalecer os músculos do ombro e melhorar a amplitude de movimento são frequentemente prescritos.

Medicamentos: Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e analgésicos podem ser recomendados para aliviar a dor e a inflamação.

Bloqueios e Infiltrações: 

  • Injeções de Corticosteroides: Em casos mais graves, injeções de corticosteroides podem ser administradas para reduzir a inflamação e aliviar a dor. 
  • Injeções de Substâncias Regenerativas: esses compostos podem ser administrados com objetivo de regenerar tecidos lesados e evitar a progressão dessas patologias para fases mais avançadas como na artrose e tendinopatias

Terapias por Ondas de Choque: promove a melhora da inflamação local pela ação de ondas acústicas que penetram no tecido acometido, estimulando as células de reparação do próprio organismo. A melhora da dor é significativa após a sessão, sendo esperada remissão dos sintomas em até 12 semanas após as sessões.

Procedimentos Minimamente Invasivos: Radiofrequência Ablativa, Radiofrequência Pulsada, Crioablação, Radiofrequência Resfriada podem ser excelentes recursos em dores persistentes e pouca resposta a medidas conservadoras

Procedimentos Cirúrgicos: Em situações em que outras opções não são eficazes, a cirurgia pode ser considerada para reparar lesões graves ou corrigir problemas estruturais.

 

Prevenção:

  • Praticar exercícios de fortalecimento para os músculos do ombro
  • Aquecer antes de realizar atividades físicas intensas
  • Evitar movimentos repetitivos que possam sobrecarregar o ombro
  • Manter uma postura adequada no trabalho e em outras atividades diárias.

 

Quando procurar especialista?

Quando a dor no ombro persistir por mais de dez dias, mesmo fazendo o uso de medicamentos, procure um profissional especializado. Nesses casos, é melhor não esperar muito tempo para obter a opinião de um profissional. Isso porque o sintoma pode se agravar, tornando-se crônico e dificultando o tratamento.

 

Considerações Finais

A dor no ombro pode ser debilitante, mas com o diagnóstico correto e um plano de tratamento apropriado, é possível aliviar a dor, restaurar a funcionalidade e obter novamente qualidade de vida. A dor crônica deve ser tratada de uma forma multimodal (várias estratégias de tratamento) e interdisciplinar (participação de vários profissionais), assim teremos uma probabilidade maior de sucesso. Se você está lidando com dor no ombro persistente, é aconselhável procurar a orientação de um profissional de saúde especializado em dor para receber o tratamento adequado e retornar a uma vida ativa e com qualidade.

Uma solução que funciona para você.

Diretrizes de atendimento especializado

A dor pode ser aguda (de curto prazo) ou crônica (persistente). A Medicina da Dor visa aliviar o sofrimento dos pacientes, independente do tipo de dor, e melhorar sua qualidade de vida. Portanto, ser tratado por um profissional renomado com proficiência destacada, conhecimento aprofundado e domínio notável, que compreende claramente que o impacto da dor vai muito além da intensidade percebida, e que se estende à capacidade do paciente de ter ou não uma vida livre, plena e satisfatória, faz toda a diferença na definição de prioridades e na tomada de decisões.

Por isso, o Dr. Eduardo é reconhecido como autoridade na área. Trabalha com um formato de atendimento que foge ao convencional. Primeiramente reserva tempo adequado, com uma duração generosa de 60 a 90 minutos por consulta, o que permite praticar a escuta ativa: prestar atenção aos detalhes, reconhecer e validar as queixas e fazer perguntas valiosas e clarificadoras, além de conduzir a anamnese minuciosamente, a fim de entender melhor a condição e registrar as particularidades de cada caso.

Sem pular etapas, o exame físico cuidadoso é realizado, seguido por uma discussão aberta sobre a necessidade de uma maior investigação, as opções de tratamento, a essencialidade do parecer ou da condução conjunta com outros especialistas e a proposta de plano de cuidados.

Abordagens multidisciplinares

Dr. Eduardo Azevedo de Castro é médico com especialização em Anestesiologia e Medicina da Dor, com formação extensa na intersecção entre Medicina da Dor e Medicina Avançada, áreas que visam integrar os mais recentes avanços científicos, tecnológicos e terapêuticos para refinar o diagnóstico, definir o melhor tratamento possível e atuar em prevenção de quadros graves.

Graduado desde 2006, concluiu residência em Clínica Médica pela Santa Casa (Belo Horizonte), Medicina da Dor pelo Hospital Sírio-Libanês (São Paulo), Medicina Intervencionista da Dor pelo Hospital Albert Einstein (São Paulo) e especialização em Medicina Intervencionista da Dor pela Pain School International, na Semmelweis University (Budapeste, Hungria). 

A Medicina da Dor é uma especialidade médica dedicada ao diagnóstico, tratamento e gestão da dor. É uma área multifacetada e desafiadora. Todo o cuidado é centrado no paciente, reconhecendo a individualidade de cada caso e suas diferentes respostas aos tratamentos propostos. Portanto, enfatiza-se a abordagem personalizada para o diagnóstico e tratamento, utilizando informações amplas e investigação detalhada para orientar as decisões clínicas.

Dr. Eduardo escolheu a Medicina da Dor como sua especialidade por uma razão fundamental: o desejo de proporcionar cuidados legítimos e assistência médica justa para aqueles que enfrentam dores crônicas e agudas. Percebeu rapidamente que o seu interesse na área residia em estar próximo de cada paciente, estabelecendo uma relação de confiança e empatia. Essa escolha simboliza, sobretudo, a sua crença de que cada paciente merece ser ouvido, compreendido e apoiado no seu processo para encontrar alívio da dor e qualidade de vida.

Protocolos e condutas terapêuticas

Por meio da sua ampla experiência, Dr. Eduardo trata uma série de dores, incluindo dores no quadril, dores musculares, cefaleias, fibromialgia, dores na coluna, dores associadas ao câncer (oncológicas) e até mesmo dores decorrentes de atividades físicas, como as enfrentadas por atletas.

Um dos principais direcionamentos do Dr. Eduardo é reduzir o uso de medicamentos sempre que possível, optando por intervenções como bloqueios e infiltrações, que visam aliviar a dor de forma eficaz e minimizar os efeitos colaterais dos remédios.

Um exemplo claro é a dor oncológica, em que o paciente pode experimentar intensas dores devido ao tratamento de quimioterapia. E, embora as medicações prescritas pelo oncologista possam controlar essa condição, o paciente ainda pode se deparar com uma qualidade de vida significativamente reduzida, com náuseas persistentes e redução de mobilidade. Nesses casos, o Dr. Eduardo aborda a dor de forma mais direta, permitindo que o paciente retome uma vida mais funcional.

Outro exemplo é a dor lombar de origem músculo-esquelética, que pode causar um impacto significativo na capacidade do paciente de realizar atividades cotidianas. Geralmente, é uma dor desencadeada por condições como hérnia de disco, artrite ou artrose, e precisa de um diagnóstico preciso. Neste caso, unir diferentes profissionais e tornar o tratamento mais amplo, é essencial para devolver ao indivíduo mobilidade e evitar quadros mais graves.