Entendendo as Cefaleias: o que você precisa saber?

Como médico especialista em dor, é essencial abordar um dos problemas mais comuns e debilitantes que afetam inúmeras pessoas em todo o mundo: as cefaleias. Estima-se que existam entre 150 e 200 tipos de cefaleia e que acometem entre 10% e 20% da população.

Essas dores de cabeça podem se manifestar de diversas formas e impactar significativamente a qualidade de vida dos pacientes. A classificação é importante porque causas, sintomas e tratamentos são específicos para cada uma delas.

Você sabe a diferença entre Cefaleia e Enxaqueca?
A confusão entre dor de cabeça, e enxaqueca é comum entre a maioria da população. É muito comum que as pessoas pensem que toda dor de cabeça é enxaqueca. Entretanto, ela é apenas um entre os mais de 150 tipos de cefaleia. E a cefaleia, como você pode imaginar, é o nome técnico da dor de cabeça.

Quais os tipos de Cefaleias?
As cefaleias podem variar em intensidade, duração e sintomas associados. Compreender essas variações é crucial para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento eficaz.
Elas são divididas em dois grandes grupos: primárias e secundárias. As cefaleias primárias são a própria causa da dor, a cefaleia tensional e a enxaqueca são as formas mais comuns de cefaleia primária. Já as cefaleias secundárias podem ser provocadas por dezenas de doenças diferentes: oftalmológicas, vasculares (hemorragia cerebral, vasculites), infecciosas graves (meningite bacteriana), infecciosas brandas (gripe ou meningite viral), neoplásicas (tumores intracranianos), dentre outras.

Quais são os principais tipos de Cefaleias?

Cefaleia Tensional
A cefaleia mais comum é a tensional. Os sintomas da cefaleia tensional são dores constantes, de leve a moderada intensidade, em pressão, que pode se manifestar como uma faixa ao redor da cabeça. Em geral não impedem as atividades diárias, mas na sua forma crônica podem ter grande impacto na qualidade de vida. Normalmente ela não é acompanhada de outros sintomas.
Pode aparecer de forma episódica ou crônica. Apesar de a dor ser mais leve que a da enxaqueca, a cefaleia tensional requer acompanhamento e tratamento médico quando se torna frequente, principalmente para realizar o diagnóstico diferencial com quadro de cefaleias secundárias (que pode ser provocada por tumor, AVC, trombose venosa cerbral, entre outros problemas).

Enxaqueca
A enxaqueca é um tipo de cefaleia primária caracterizada por dor de cabeça persistente (crônica), que começa em um dos lados da cabeça (unilateral), pulsante e intensa. Em geral tem outros sintomas associado, como: fotofobia (aversão à luz), hipersensibilidade aos sons e aos cheiros, visão turva, náuseas e vômitos. Tem como fatores de piora a realização de exercício físico e tarefas diárias. A duração da crise, em média, é de 4 a 72 horas ininterruptas.
Geralmente, o tratamento se concentra se em tratamento profilático (preventivo) das crises e tratamento abortivo das crises. Embora seja uma patologia ainda sem causa definida e sem cura, o controle e redução da frequência de crises é possível através da associação de uma abordagem com medicamentos, bloqueios e mudanças no estilo de vida.

Cefaleia em Salvas
É um tipo de dor de cabeça menos comum que as citadas anteriormente, se manifesta por uma dor intensa e recorrente, de apenas um dos lados da cabeça, frequentemente ao redor do olho. A sua duração pode variar de poucos minutos a várias horas. Associado as crises o paciente pode apresentar olhos avermelhados, lacrimejo e congestão nasal no lado da dor durante as crises.

Cefaleia por Abuso de Analgésicos: Quando a Solução se Torna o Problem
Há diversas razões pelas quais as pessoas recorrem ao uso excessivo de analgésicos. Muitas vezes, a busca por um alívio imediato leva a uma dependência desses medicamentos. O problema se agrava quando o uso se torna mais frequente do que o recomendado, desencadeando assim um ciclo vicioso de dor e alívio temporário, levando a mais dor e necessidade de medicação. Surpreendentemente, o uso excessivo desses medicamentos pode realmente desencadear e piorar a frequência e a intensidade das dores de cabeça.

O tratamento da cefaleia por abuso de analgésicos envolve várias etapas. Em primeiro lugar, é essencial interromper o uso excessivo de analgésicos. O apoio médico é fundamental nesse processo para auxiliar na desintoxicação e no gerenciamento da dor de cabeça. Além disso, estratégias não medicamentosas, como terapias comportamentais, acupuntura e realização de procedimentos minimamente invasivos (bloqueios, terapias infusionais) podem ser implementadas para ajudar a lidar com a dor e prevenir recaídas.

Como é feito o diagnóstico das Cefaleias?
O diagnóstico das cefaleias primárias é clínico, ou seja, o problema não aparece em exames de sangue ou exames de imagem como ressonâncias e tomografias. Uma avaliação clínica e exame físico minucioso é essencial para descartar possíveis cefaleias secundárias (tumor, aneurisma) e fechar o diagnóstico de uma cefaleia primária (cefaleia tensional, enxaqueca, cefaleia em salvas, cefaleia por abuso de analgésicos). Porém mesmo o diagnóstico das cefaléias sendo clínicos é importante muitas vezes a realização de exames de imagem (tomografia computadorizada, ressonância magnética), principalmente quando o quadro clínico não é tipicamente característico de um tipo de cefaleia primária ou durante o exame clínico está presente algum sinal de alarme, sendo necessário nesses casos a exclusão de cefaleias secundárias.

Sinais de Alarme nas Cefaléias:
O sintoma esporádico da dor de cabeça geralmente é benigno e autolimitado. No entanto, sempre que ela mudar de padrão (tipo da dor, intensidade, frequência ou outros sintomas associados), deve se ter uma avaliação médica para afastar causas graves.

Principais sinais de alarme:
Início após os 50 anos.
Cefaleia de início súbito.
Caracterísiticas progressivas.
Cefaleia de início recente em pacientes com neoplasia, imunossuprimidos ou HIV.
Cefaleia associada a sintomas sistêmicos (febre, rigidez de nuca, rash).
Presença de sinais neurológicos focais.
Alterações na visão, convulsões associadas ao quadro.

É obrigatório realizar exames complementares?
Embora o diagnóstico e diferenciação entre os vários tipos de cefaleia seja clínico, a realização de exames muitas vezes é necessário para descartar se não há nada mais grave por trás. Na maioria dos casos os exames encontram-se normais.

Tratamento das Cefaleias:
A prevenção é fundamental. Identificar e evitar os gatilhos das cefaleias é essencial para um bom controle das crises. O tratamento varia de acordo com o tipo de cefaleia e em geral inclui medidas de autocuidado, mudanças no estilo de vida, medicamentos específicos, bloqueios e terapias complementares como acupuntura.

Quando Procurar um Médico Especialista em Dor?
Se as cefaleias se tornarem mais frequentes, mais intensas ou se houver mudanças significativas nos padrões de dor, é fundamental buscar ajuda médica especializada. O médico especialista em dor é capaz de realizar um plano de tratamento individualizado, avaliar as medicações e bloqueios para melhorar a qualidade de vida dos pacientes portadores de dor de cabeça crônica.

Conclusões
Agora que você sabe a diferença entre os principais tipos de dores de cabeça, se essas estiverem persistentes ou apresentarem algum sinal de alarme procure assistência médica, assim será possível um diagnóstico e tratamento adequado, evitando que outras complicações aconteçam, como a Cefaleia por Abuso de Analgésicos ou o diagnóstico tardio de patologias mais graves.

Uma solução que funciona para você.

Diretrizes de atendimento especializado

A dor pode ser aguda (de curto prazo) ou crônica (persistente). A Medicina da Dor visa aliviar o sofrimento dos pacientes, independente do tipo de dor, e melhorar sua qualidade de vida. Portanto, ser tratado por um profissional renomado com proficiência destacada, conhecimento aprofundado e domínio notável, que compreende claramente que o impacto da dor vai muito além da intensidade percebida, e que se estende à capacidade do paciente de ter ou não uma vida livre, plena e satisfatória, faz toda a diferença na definição de prioridades e na tomada de decisões.

Por isso, o Dr. Eduardo é reconhecido como autoridade na área. Trabalha com um formato de atendimento que foge ao convencional. Primeiramente reserva tempo adequado, com uma duração generosa de 60 a 90 minutos por consulta, o que permite praticar a escuta ativa: prestar atenção aos detalhes, reconhecer e validar as queixas e fazer perguntas valiosas e clarificadoras, além de conduzir a anamnese minuciosamente, a fim de entender melhor a condição e registrar as particularidades de cada caso.

Sem pular etapas, o exame físico cuidadoso é realizado, seguido por uma discussão aberta sobre a necessidade de uma maior investigação, as opções de tratamento, a essencialidade do parecer ou da condução conjunta com outros especialistas e a proposta de plano de cuidados.

Abordagens multidisciplinares

Dr. Eduardo Azevedo de Castro é médico com especialização em Anestesiologia e Medicina da Dor, com formação extensa na intersecção entre Medicina da Dor e Medicina Avançada, áreas que visam integrar os mais recentes avanços científicos, tecnológicos e terapêuticos para refinar o diagnóstico, definir o melhor tratamento possível e atuar em prevenção de quadros graves.

Graduado desde 2006, concluiu residência em Clínica Médica pela Santa Casa (Belo Horizonte), Medicina da Dor pelo Hospital Sírio-Libanês (São Paulo), Medicina Intervencionista da Dor pelo Hospital Albert Einstein (São Paulo) e especialização em Medicina Intervencionista da Dor pela Pain School International, na Semmelweis University (Budapeste, Hungria). 

A Medicina da Dor é uma especialidade médica dedicada ao diagnóstico, tratamento e gestão da dor. É uma área multifacetada e desafiadora. Todo o cuidado é centrado no paciente, reconhecendo a individualidade de cada caso e suas diferentes respostas aos tratamentos propostos. Portanto, enfatiza-se a abordagem personalizada para o diagnóstico e tratamento, utilizando informações amplas e investigação detalhada para orientar as decisões clínicas.

Dr. Eduardo escolheu a Medicina da Dor como sua especialidade por uma razão fundamental: o desejo de proporcionar cuidados legítimos e assistência médica justa para aqueles que enfrentam dores crônicas e agudas. Percebeu rapidamente que o seu interesse na área residia em estar próximo de cada paciente, estabelecendo uma relação de confiança e empatia. Essa escolha simboliza, sobretudo, a sua crença de que cada paciente merece ser ouvido, compreendido e apoiado no seu processo para encontrar alívio da dor e qualidade de vida.

Protocolos e condutas terapêuticas

Por meio da sua ampla experiência, Dr. Eduardo trata uma série de dores, incluindo dores no quadril, dores musculares, cefaleias, fibromialgia, dores na coluna, dores associadas ao câncer (oncológicas) e até mesmo dores decorrentes de atividades físicas, como as enfrentadas por atletas.

Um dos principais direcionamentos do Dr. Eduardo é reduzir o uso de medicamentos sempre que possível, optando por intervenções como bloqueios e infiltrações, que visam aliviar a dor de forma eficaz e minimizar os efeitos colaterais dos remédios.

Um exemplo claro é a dor oncológica, em que o paciente pode experimentar intensas dores devido ao tratamento de quimioterapia. E, embora as medicações prescritas pelo oncologista possam controlar essa condição, o paciente ainda pode se deparar com uma qualidade de vida significativamente reduzida, com náuseas persistentes e redução de mobilidade. Nesses casos, o Dr. Eduardo aborda a dor de forma mais direta, permitindo que o paciente retome uma vida mais funcional.

Outro exemplo é a dor lombar de origem músculo-esquelética, que pode causar um impacto significativo na capacidade do paciente de realizar atividades cotidianas. Geralmente, é uma dor desencadeada por condições como hérnia de disco, artrite ou artrose, e precisa de um diagnóstico preciso. Neste caso, unir diferentes profissionais e tornar o tratamento mais amplo, é essencial para devolver ao indivíduo mobilidade e evitar quadros mais graves.